Hoje toda marca que está na internet já deve ter ouvido falar que é importante criar um blog e gerar materiais gratuitos para os clientes. Mas será que todo mundo compreende o papel real e mais abrangente da produção de conteúdo nessa estratégia?
Talvez não, embora o marketing de conteúdo tenha acabado se disseminando como nenhuma outra estratégia. Com isso, o que acontece é que algumas empresas não atingem o resultado que imaginavam, então passam a culpar o método.
Na verdade, gerar conteúdo é apenas uma etapa do processo, por isso não é tão simples quanto eventualmente postar algo no blog ou nas redes sociais. Imagine uma loja que vende no break gerenciável, por exemplo. Como ela deve proceder?
Se ela apenas escrevesse um artigo técnico sobre o assunto, mais ou menos como um manual de uso do produto, isso não seria muito diferente do que a maioria tem feito. Por outro lado, se ela se esforçasse para criar materiais por etapa, seria bem diferente.
Essa produção poderia começar por algo como “O que exatamente um nobreak gerenciável faz?”. Depois, poderia explicar a diferença entre nobreaks e estabilizadores, tudo com uma linguagem mais acessível, que o leitor iniciante entendesse.
Aí está, apenas como exemplo, um traço fundamental do marketing de conteúdo: ele serve para educar o público, mostrando como determinadas soluções podem ajudar as pessoas mais do que elas imaginam em um primeiro momento.
Outro exemplo são os artigos utilitários, feitos em forma de ranking ou do que se convencionou chamar post-list. Nessa linha, algo como “Entenda as 10 principais vantagens da guitarra ibanez prestige rg652” tende a fazer o maior sucesso.
Ali, cada palavra tem uma razão de ser, desde a estratégia de dividir em 10 tópicos até o uso do verbo “entender” no início da frase, e é justamente assim que a marca vai popularizando seus produtos e tornando eles mais acessíveis.
Com o tempo, a empresa tende a se tornar referência em seu segmento, de modo que na hora de comprar, é o primeiro nome que virá na cabeça das pessoas, aumentando não apenas o prestígio da marca, mas também o faturamento do negócio.
Por isso decidimos escrever este artigo, trazendo alguns conceitos indispensáveis e várias dicas práticas de como funcionam as etapas principais da produção de conteúdo.
O mais interessante é que tudo isso serve para qualquer nicho de mercado, seja para vender nobreaks, guitarras, pulseira berloque prata fina ou mesmo para divulgar prestações de serviço, quaisquer que sejam elas.
Então, se você quer compreender melhor esse universo incrível e mudar a sua marca de patamar, basta seguir adiante na leitura.
Marketing de conteúdo: do que se trata?
Também conhecido como content marketing, essa estratégia surgiu nos Estados Unidos, tal como a maioria das estratégias de marketing da atualidade.
Ao contrário do que muitos imaginam, ela não é algo exclusivo do universo digital, nem surgiu dentro da internet. Foi uma marca de pneus para veículos de passeio quem primeiro colocou essa filosofia em prática, na primeira metade do século passado.
A ideia era muito simples: criar um guia turístico das melhores viagens para se fazer no país, assim, os clientes ficariam felizes com o material gratuito, além de, claro, também usariam mais pneus, aumentando seu gasto com a fabricante deste produto.
Genial, não é mesmo? Muita coisa mudou de lá para cá, sem dúvida, mas a essência continua sendo a mesma.
Imagine uma gráfica que imprime etiquetas adesivas personalizadas, por exemplo, e fique se perguntando o que ela poderia fazer de semelhante hoje em dia.
Algo na linha do que mencionamos lá na introdução, sobre criar um blog e começar a distribuir materiais originais e de qualidade, que tenham o poder de agregar algo à vida do cliente, mas que também façam ele querer consumir as soluções daquela gráfica.
Portanto, o marketing de conteúdo nada mais é do que uma estratégia de vendas, embora ela tenha uma cadência muito maior do que qualquer outra estratégia de impacto.
Isso é fundamental, porque também está alinhado com as novas gerações de consumidores, que já se cansaram de marcas interesseiras que vão direto à venda. Eles querem uma experiência marcante, com relações de médio e longo prazo.
O grande poder do funil de vendas
Como vimos, o content marketing é uma estratégia de vendas. Não se trata, portanto, de fazer conteúdo por prazer ou por filantropia, como pode parecer às vezes.
Na verdade, quem gera conteúdo sem saber como ou por que exatamente faz isso é que acaba caindo na falta de resultado. Assim, não consegue os resultados comerciais que deveria conseguir, por ignorar as etapas essenciais do projeto.
Se você quer fazer diferente, aplicando a coisa na prática, é preciso entender o poder do funil de vendas. Ele é que ajuda a empresa a nunca se esquecer das etapas que compõem a estratégia, as quais vão desde a pré-venda até o pós-venda.
Por exemplo, se o blog de uma impressora solvente pequena tem o papel de gerar leads e novas oportunidades, na sequência é preciso nutrir esses leads, depois convertê-los em consumidores e, enfim, fidelizá-los.
Isso também implica uma etapa fundamental: alinhar a equipe do marketing (que gera as oportunidades e contatos promissores), com a equipe de vendas, que pega esses prospects com a missão de convertê-los em clientes na hora certa.
Assim, já fica claro que a geração de conteúdo precisa de processo e de método. Por isso dissemos que não se trata de escrever “apenas quando dá vontade”. É preciso ter uma visão mais abrangente, uma agenda editorial e uma linha de produção.
A importância de entender o público
Se é importante dominar a ponte entre marketing e comercial, compreendendo as relações internas de sua empresa, é ainda mais importante compreender a fundo o comportamento de sua clientela enquanto público-alvo.
Na verdade, hoje esse conceito evoluiu e remete à noção de perfis da persona do público. Estes perfis devem ser criados em número de dois ou três apenas, sendo que um seria muito pouco e quatro já seria demais, gerando dispersão.
Assim, se a empresa lida com banner para assinatura, não basta saber a região demográfica dos clientes em potencial, ou mesmo a profissão, gênero e faixa etária. É preciso ir muito além, explorando as expectativas e sonhos daquelas pessoas.
Hoje a internet está aí para ajudar nessa pesquisa de mercado, sobretudo com as redes sociais, que ajudam e muito na hora de perguntar como o cliente pensa, como ele consome novidades, o que faz nas horas vagas, o que ama nas marcas, etc.
Sem essa etapa fundamental, dificilmente a geração de conteúdos conseguiria ser assertiva, ou mesmo ser capaz de impactar a pessoa certa, no momento ideal.
Um passo a passo sobre a produção
Que tal tratarmos das principais maneiras sobre como desenvolver esses conteúdos? Até aqui, já falamos sobre os blogs, que são páginas atreladas ao site institucional de uma empresa.
De fato, foi-se a época em que bastava ter um site comum, com informações básicas de contato e descrições sobre a solução prestada. É no blog que a empresa encontra o espaço para produzir seus principais conteúdos de engajamento.
Contudo, também já não basta criar um blog e mantê-lo em dia, é preciso ir além se você quiser resultados realmente efetivos.
Assim, se a empresa é especialista em banner informativo, um modo exemplar de fazer isso é diversificando no formato dos conteúdos, incluindo algo como:
- E-books;
- Infográficos;
- Checklists;
- Guias de uso;
- Review de produto;
- Vídeos;
- Podcasts.
Enfim, todas essas são formas de ir além do básico, lembrando que hoje as pessoas estão ocupadas demais, portanto, facilitar o acesso delas ao seu conteúdo vai ser uma forma de atrair mais visitantes, gerar mais leads e mais retorno.
Por exemplo, vídeos explicativos têm mais engajamento que textos, já que as pessoas preferem assistir algo a ter de ler. Também assim, podcasts e áudios permitem que elas consumam o conteúdo enquanto fazem algo, como dirigir ou exercitar-se.
Considerações finais
Tudo o que falamos acima demonstra como a produção de conteúdo pode ser útil para uma empresa. Ou seja, como ela pode ser vantajosa e trazer todo tipo de benefício.
Dos vários benefícios que ficaram claros, como fortalecimento de marca, aumento do banco de leads e, consequentemente, das vendas, o mais importante é a questão do alcance de curto, médio e longo prazo.
Quer dizer, um artigo publicado em um blog de uma creche particular pode fazer com que uma mãe ou um pai liguem para a escola no mesmo dia, fechando a matrícula do filho. Neste caso, o resultado foi de curtíssimo prazo.
Contudo, ao mesmo tempo o que se fortalece é o poder da marca de provar que tem autoridade no seu segmento, e por isso mesmo ela ganha um horizonte que, nos dias atuais, seria impensável sem um bom projeto de produção de conteúdo.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.